segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os primeiros franciscanos no Brasil

Primeiros missionários
De 1500 até 1549 os franciscanos foram os únicos missionários, até que chegaram os Jesuítas, e mais tarde, também, os Beneditinos e os Carmelitas. Contudo, somente no ano de 1585 a Ordem Franciscana se estabeleceu definitivamente no Brasil.
Juntamente com Pedro Álvares de Cabral vieram oito frades: Frei Henrique Soares de Coimbra, superior; Frei Mafeo, sacerdote organista; Frei Pedro Neto, corista com as ordens sacras; Frei João da Vitória, Irmão Leigo; Frei Francisco da Cruz; Frei Simão; Frei Gaspar.

Primeira missa
A primeira missa, em solo brasileiro, foi celebrada por Frei Henrique de Coimbra, no dia 26 de abril de 1500, Domingo de Páscoa. Poucos dias depois, em 1º de maio, celebrou-se outra missa, com a participação de um grupo maior de pessoas.
Presença Franciscana de 1500 a 1585
Frei Basílio Röwer, no livro “A Ordem Franciscana”, edição de 1947, descreve os lugares que receberam os primeiros franciscanos, bem como o ano de chegada dos missionários. Observamos que as datas que possuem uma interrogação, ao lado, são aquelas em que existe imprecisão em relação ao ano citado. (veja o mapa abaixo)

Chegada dos Jesuítas e outros religiosos
Em 22 de março de 1549, chegavam à Bahia os seis primeiros Jesuítas, e nos anos subsequentes vieram muitos outros. Logo que chegaram, notaram os abundantes frutos do trabalho da catequese dos franciscanos e a presença deles na região norte e sul do Brasil.
Outros grupos de religiosos também enviaram missionários para o Brasil: em 1580 chegaram os Beneditinos; em 1584 chegaram os Carmelitas.

Estabelecimento definitivo
Muitos foram os que auxiliaram para que os frades fixassem presença em solo brasileiro. Dentre vários, citamos dois, com especial destaque para o segundo:
a) Dona Maria Rosa: Ofereceu um prédio para a residência dos franciscanos; ofereceu uma capela em sua propriedade; escreveu diversas vezes aos superiores, pedindo que fundassem um convento em sua propriedade. Mais tarde, doou uma casa e uma capela onde os frades fixaram residência.
b) Donatário de Pernambuco (numa época o Brasil foi dividido em regiões chamadas, Capitanias Hereditárias – os administradores destas capitanias eram os donatários), o Sr. Jorge de Albuquerque: Dirigiu inúmeras súplicas ao Rei Felipe II da Espanha, ao superior da Província de Santo Antônio, em Portugal, que enviava missionários para o Brasil, e também, ao Ministro Geral da Ordem (superior geral dos franciscanos).
Em 13 de março de 1854 o Ministro Geral, por meio de um decreto, instituiu uma Custódia no Brasil, isto significava o início do estabelecimento definitivo dos frades, em solo brasileiro. Nomeou o superior dessa custódia, um vice e outros quatro frades que os acompanhariam como fundadores, todos esses pertencentes à Província de Santo Antônio, em Portugal. Juntaram-se ao grupo outros dois frades vindos de outras Províncias. Desta forma, foram oito os religiosos incumbidos de fundar a Ordem Franciscana no Brasil.
            Os fundadores saíram de Portugal no dia 1º de janeiro de 1985 e chegaram ao Brasil somente no dia 12 de abril, estabelecendo-se, por primeiro, na cidade de Olinda/PE. Neste mesmo ano e cidade começou a ser construído o Convento de Nossa Senhora das Neves, o primeiro convento de muitos outros que surgiriam.
O Papa Xisto V, franciscano, divulgou a Bula Pontifícia, oficializando a fundação da Custódia de Santo Antônio do Brasil, no dia 27/11/1586.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Na Itália, Bernardino nasceu na nobre família senense dos Albizzeschi no dia 08 de setembro de 380, na pequena Massa Marítima, em Carrara. Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir a devoção à Nossa Senhora e à Jesus Cristo.
Depois de estudar na Universidade de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada e fiel. Apoiando o movimento chamado "observância", que se firmava entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por São Francisco de Assis, acabou sendo eleito Vigário Geral de todos os conventos dos franciscanos da observância.
Aos trinta e cinco anos de idade, começou o apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele.
O seu legado nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e contundente, se manteve atual até aos nossos dias. Os temas freqüentes sobre a caridade, humilde, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que "renegam a Deus por uma cabeça de alho" e pelas "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres".
Naquela época a Europa vivia grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, inclusive usando de recursos dramáticos como as fogueiras onde queimava livros impróprios, em praça pública. Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele trazia as iniciais JHS: "Jesus Salvador dos Homens" entalhadas num quadro de madeira, que oferecia para ser beijado pelos féis após discursar.
As pregações e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueceram cada vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de maio de 1444. Só assim ele parou de pregar.
Tamanha foi a impressão causada por essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado. São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o mundo.
São Bernardino de Sena... Rogai por nós!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Frei Galvão                            Santo Antônio de Sant'Ana GalvãoOFM, mais conhecido como Frei Galvão, ou São Frei Galvão(Guaratinguetá1739 — São Paulo23 de dezembro de 1822) foi um frade brasileiro. Não se sabe ao certo o dia do seu nascimento e local exato de batismo, supõe-se que tenha sido batizado na Matriz de Santo Antonio em Guaratinguetá, mas os registros de batismo da igreja deste período estão desaparecidos. Têm-se atribuído 10 de maio como data de seu nascimento, mas sem nenhuma comprovação documental. Uma das figuras religiosas mais conhecidas do Brasil, famoso por seus poderes de cura.2 Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, tornando-se o primeiro santo nascido no Brasil.3 A postuladora junto à Santa Sé que obteve o título de santo para Frei Galvão foi a irmã Célia Cadorin, da Congregação das Irmazinhas da Imaculada Conceição. Nesse trabalho teve grande apoio do cardeal arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns. Ela também foi postuladora no processo da Santa Madre Paulina, nascida em Trento, na Itália, e vindo a desenvolver seu trabalho no Brasil.4



Assis conheça a cidade onde nasceu Francisco e sua ordem.

A Itália é um país de solo sagrado. Que nação abriga, dentro de tão exíguo território, lugares como o Vaticano, a Capela de San Gennaro e o Duomo de Florença?
Poucos destinos italianos, porém, mexem tanto com os devotos quanto Assis, pequena cidade da região da Umbria onde, no ano de 1182, nasceu Francesco Giovanni di Pietro Bernardone.
Filho de uma família próspera, comandada por um pai comerciante de tecidos, Francesco viveu uma juventude boêmia e, no começo do século 13, chegou a lutar em batalhas contra a cidade vizinha de Perúgia, em um momento em que a região presenciava grandes conflitos territoriais.
AmpliCaiu prisioneiro de guerra, adoeceu no cárcere e, após retornar a Assis, sua vida mudou. Foi nesse momento que, segundo a história, Francesco teria começado a ouvir chamados divinos para que dedicasse sua existência a DeO jovem abandonou todos os seus bens materiais, abraçou a pobreza e passou as décadas seguintes em peregrinações ao redor de Assis e da Itália, nas quais ajudou pessoas doentes (principalmente leprosos), fez pregações, interagiu com a natureza e juntou ao redor de si um grupo de seguidores, com quem formou a Ordem dos Franciscanos. Não demorou para que a aura divina que cercava Francesco se propagasse para toda a história – e ficasse impregnada em sua cidade natal, Assis.
Clima sagrado
O caráter sagrado de Francesco – que, após a sua morte, ocorrida em 3 de outubro de 1226, foi canonizado e transformado em São Francisco de Assis– ainda influencia o clima de seu berço.
Todos os anos, milhares de turistas viajam a Assis para fazer uma peregrinação por suas ruas medievais e, principalmente, pela enorme Basilica di San Francesco, erguida em louvor ao santo que, por sua renúncia às posses, também ficou conhecido com "Il Poverello" (algo como "O Pobrezinho").
A basílica abriga um complexo religioso que começou a ser construído em 1228 e, hoje, exibe inúmeras obras de arte e relíquias para os visitantes: afrescos atribuídos ao artista Giotto, pinturas de Cimabue e objetos que pertenceram a São Francisco e que representam a vida austera à qual ele se dedicou: estão lá sua túnica, suas sandálias e fragmentos de algumas de suas obras, como o "Cântico das Criaturas".   
Na cripta, onde se encontram os restos mortais de São Francisco, dezenas de pessoas se juntam em orações silenciosas, quase sempre acompanhadas por lágrimas de emoção. São padres, freiras e devotos do mundo inteiro, de todas as feições, tocados pela história de ajuda ao próximo construída nesse território que os cerca.
Passeio nas colinas
Ao sair da basílica, os fiéis voltam a se deparar com a linda cidade que é Assis. Cercado pelas paisagens rurais da Umbria, e erguido sobre um terreno alto e acidentado, o local reúne uma série de locais sagrados relacionados com a história de São Francisco – e lindos mirantes para os campos e montanhas vizinhos.
  • Marcel Vincenti/UOL
    Berço de São Francisco, Assis é uma cidade medieval da região da Umbria, no coração da Itália
Erguida no século 13, a Basílica di Santa Chiara, por exemplo, homenageia Santa Clara, discípula de Francesco e líder da Ordem das Clarissas. A Chiesa Nuova, por sua vez, foi construída no século 17 no local onde teria existido a casa de São Francisco. E a igreja Duomo di San Rufino, do século 13, abriga a fonte onde São Francisco e Santa Clara foram batizados.
É na caminhada pelos arredores da cidade, entretanto, que os turistas podem seguir os passos do santo: é nessa região verdejante, cercada de oliveiras, que ele compôs o Cântico das Criaturas, que se recolhia em cavernas para rezar e que supostamente estabelecia longos diálogos com os pássaros.
Na paisagem também aparece o Santuário di San Damiano, onde o "Poverello" teria conversado com Deus. E no horizonte, se a sorte colaborar, o viajante poderá presenciar sua própria manifestação celeste: no momento em que se põe, o sol dá às construções de Assis uma coloração rosada e transforma o céu num enorme manto de fogo. Fica fácil entender por que São Francisco amava tanto a natureza.
Santo António de Pádua
Santo António ou Antônio de Lisboa, também conhecido como Santo António de Pádua1 , OFM (Lisboa15 de Agosto de 1191-1195? — Pádua13 de Junho de 1231), de sobrenome incerto mas batizado como Fernando, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII2 .
Primeiramente foi frade Agostinho no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para oConvento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente emPortugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem de Assis, a convite do próprio Francisco, o fundador, que o convidou também a pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.
A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se comoteólogomísticoasceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o VelhoCíceroSénecaBoécioGaleno e Aristóteles, entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore.3